“detesto este cheiro de natal”
Veridiana in “Veridianices”(http://www.veridianices.blogspot.com/)
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Ao contrário do que seria presumível com o passar dos anos meu enfado natalino é p.g. latente. Nelson Ascher sempre gosta de cutucar com a evidencia de que a sociedade tecnológica contemporânea oferece-nos melhores possibilidades de desfrutar e proteger a vida. Isso seria extensível a datas comemorativas tão arraigadas e contundentes como o Natal (sobretudo no país cristão, enorme, mas, opinião do ateu aqui, difuso, algo como um cristianismo laico? Haverá quem me dê a excomunhão, os laicos, provavelmente.)? Não sei dizer, mas, para mim, cada dia piora, e piora.
O Natal é tão triste (e agora para lá de idéias teológicas ou existencialistas), e a resignação pela solidão chega tão densa quanto um peru desses pré-cozidos que seria até possível tirar-lhe um naco suculento e metê-lo no prato (Papai-noel vestirá ocre no próximo Natal).
Só é bom que se diga que verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo e a percepção geral do nascimento do menino causa um baita regozijo estridente. Sobretudo em tempos de economia superaquecida e esquecida da inflação de 2008. Feliz Natal.
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