terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um texto sobre coisa alguma (evitem a leitura caso tenham algo melhor a fazer)

Preciso de fato passar a escrever os textos para esta Bazófia na segunda-feira (ou em qualquer dia anterior à terça, ou mesmo na terça antes da análise). A questão é que escrevendo depois da análise, fica difícil não abordar algum tema lá discutido ou suscitado, como fiz na semana passada. O diabo é que acabei atrasando para escrever, de novo, e agora não consigo pensar em nada descolado de um algo que foi tratado com o psiquiatra. Enfadonho para vocês poucos leitores e para mim ter de iniciar, novamente, um escrito com um pedido de desculpas (este contrito, afinal), mas o assunto de hoje vai resvalar para a análise.

Houve, num certo momento, uma pergunta que me encabulou: do que você realmente gosta? Independente (para esta crônica) de qual era o tema, o que me fez pensar por mais de dois minutos (pagos) e depois voltar refletindo ao dirigir o automóvel foi a base da resposta dada: eu não gosto de nada. Quero dizer, não é bem que eu não goste de nada, mas gosto de algumas coisas só assim assim. Um gostar transcendente, efusivo, vitorioso, apaixonado, não é uma sensação que me seja conhecida. Mas desde quando (e agora tanto faz se quem me pergunta é o analista, o teto ou vocês, corajosos poucos leitores)? Desde sempre, desde que me lembro, desde o dia em eu perguntei para minha mãe, com cinco anos, se todos iríamos morrer de que adiantava viver (não me recordo da resposta – o que só isenta meus pais por eu ser uma pessoa tão sem graça). Eu tenho muitos livros pois gosto de ler. Tenho uma cachorra, porque gosto de cachorro. Corro a pé porque me sinto bem correndo. Bebo algumas coisas com meus amigos porque gosto de alguns amigos e de beber. Já amei, já fui amado porque amava as pessoas que me amavam (ou não) naquele momento. Mas quando olho para trás (mas sobretudo para frente e para o agora ) nada me empolga ao ponto de me sentir impelido a viver, a buscar coisas novas, ainda que sejam nas coisas velhas de que gosto um pouco.

(Abrirei um parêntese-parágrafo grande para falar sobre o presente. Drummond dizia num poema que o que importava era o tempo presente a vida presente – sou repetitivo demais, cito Drummond e citarei Sêneca, que foram ambos citados na semana passada – e Sêneca tem uma belíssima frase que diz "omnia aliena sunt, tempus tantum nostrum est": "tudo nos é alheio, somente o tempo é nosso". Para os latinos a palavra tempo era sinônimo de tempo presente, assim como a palavra amor representava amor carnal, apenas. Este tempo presente é um algo tão paralisante que mesmo tentando recompor os pedacinhos do que fui para tentar melhorar o que serei, nada consegue me dissuadir de que tudo quanto não é o agora é falso. Talvez por isso esta minha inclinação de cabeça, a tendência a melancolia, a forte sensação de que nada importa realmente. Sendo menos erudito (o que de fato não sou e ando me cansando dessa fraude que eu mesmo inventei) gostava de cantar a música do Paulinho da Viola (que prefiro na voz da Teresa Cristina): "(...)meu mundo é hoje, não existe amanhã pra mim, eu sou assim e assim morrerei um dia (...); nunca tomei parte nesse enorme batalhão, pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão(...).". Fim do parêntese-parágrafo).

Creio que enveredei pelo tema do gostar ou não gostar de alguma coisa porque ando angustiado com isto de escrever. Eu não sinto mais vontade de escrever. Não tenho vontade de vir aqui ao computador, olhar para o ecrã em branco do Word e ter de pensar em alguma coisa para saltar na vista da Bazófia. Claro que uma vez escrito quero comentários, abraços e os louros da vitória, e é claro, também, que não sou hipócrita de dizer que escrevo para não ser lido. Mas isso tudo descamba na maldita vontade assim assim, nessa constante sensação de esterilidade, de insuficiência, de ilegitimidade. Gostava de saber o que raios as poucas pessoas que por cá aparecem vêm procurar. Mas também, sem ingenuidade: meus leitores são pessoas do meu trato pessoal, sem eufemismo, gente que gosta de mim (o que é mais impressionante do que gostarem do meu texto), portanto se escrevesse sob pseudônimo, teria dois leitores (eu mesmo e um a quem não resistiria contar que era eu). Aliás, hoje, conversando com uma leitora deste blogue (creio ainda ser) que não se manifestou desde o reinício, ela me disse que não gostou nem um pouco do último texto. Eu fiquei tão feliz. Pedi-lhe, sinceramente, que escrevesse publicamente o seu desagrado. Não sei se serei atendido, mas gostaria muito. Porque se estou enfadado de digitar as teclas juntando palavras que juntas não fazem o menor sentido, como é que ainda ouço alguns elogios pelo que escrevo? Tem pé de couve aí, mas tem mesmo.

Não me esqueço, também, que muitos cronistas (e notem que não me acho um cronista) costumam escrever coisas sobre coisa alguma (quem melhor o faz é o Carlos Heitor Cony). Cony escreve coisas sobre coisa alguma falando de tanto que o virado dá liga (há uns outros que escrevem porcarias tão grandes quanto esta que vocês estão lendo agora). Por que eu não paro então de escrever agora e diminuo a perda de tempo dos meus parcos leitores, já que acabei de admitir que escrevo um texto sobre coisa nenhuma? Prometo que não é para testar a paciência de ninguém, mas apenas porque ainda não consegui pensar no raio do título que terei de dar a este texto (que tem que sair antes da meia-noite para que eu não seja além de tudo um blogueiro mal educado). Mas vamos para o fim.

Eu não sou blasé. Nem nefelibata, porque seria muito fácil. Me sinto assim mais como um Polônio (evidentemente sem um Shakespeare a me espetar), escrevendo coisas supostamente interessantes para um blogue supostamente lido (aliás, talvez a solução esteja na loucura pura e simples, cito Polônio: "(...)uma felicidade que a loucura alcança às vezes e que a razão e a sanidade não têm chance de encontrar" – Hamlet, ato II, cena II). A frase polônica afinal vai de encontro à minha predileta dos últimos anos: " a ambiente perpétuo do homem lúcido é a angústia". Blablablá. Pronto. Acabo de publicar um texto que não diz absolutamente nada, cumpri minha obrigação marciana e torrei a paciência de quem porventura (espero que tenham sido poucos, eu juro) tenha chegado até aqui.

Desculpem-me.

p.s. – uma vez escrevi num texto (ou numa conversa, não me recordo): "(...)essa urgência incompleta, fora das coisas, fora de mim, essa angústia do fim que nem se estivesse à porta seria...". Para ver como em qualquer circunstância, sobretudo escrevendo, é possível mentir.

14 Pitacos:

Avestruz disse...

Como bem disse a Tatiana no texto anterior, são as sensações que seu texto causa que fazem valer a pena o retorno. Dói, esmaga. Isso foi o que pensei logo de cara com esse último post: primeira impressão sentimental?

Lendo de novo,seu texto de agora me fez pensar mais além nos porquês dessa dor e do interesse em voltar sempre e sempre. E acabou que me vi capaz de fazer qualquer tipo de interpretação mas sempre escolho uma mais adequada e agora estou numa cilada: eu não sei te dizer porque volto aqui, além dos motivos óbvios que inclusive me fizeram esconder o nome só hoje(rs). Só sei que volto e sinto vontade de comentar e não apenas de tecer elogios e achar que tudo o que escreve é bom. Toma-se o cuidado que se deve tomar com quem nos é querido, mas quem disse que os queridos não são justamente as pessoas que nos dizem as mais duras verdades quando devem ser ditas?

Já reparou que os amigos mais queridos e as pessoas mais importantes em nossas vidas são as que mais dão mancada, furo, esquecem das coisas... e a gente sempre entende. Será que alguém aqui deve algo pra você pra voltar sempre? Acho que não, heim.

Claro que o fato de tudo aqui ser público complica tudo, mas aí é outra história.

Ah vá, fiquei com sono no parágrafo parênteses porque acho que podia ter vindo coisa muito melhor.

Como leitora do grupo que envolve sentimentos pelo autor, te desculpo. Como leitora da Bazófia e suas presunções, espero que a próxima terça esteja mais bem recheada. Sempre há um outro dia, uma outra inspiração.

Essa baboseira toda foi só pra te cutucar pra que continue a escrever, mas a escolha é sempre sua e de mais ninguém. Assim como a escolha de gostar ou não de chocolate, ler, matemática, quiabo...teimosia é sempre nossa, ninguém enfia em nossa cabeça.

beijo.

Telma K. disse...

Fico intrigada sempre que leio seus textos, muitos estão além da minha compreensão, mas mesmo assim insisto porque acredito que estou ganhando ao tentar absorver algo.

Sobre o escrever ou não, ser lido ou não e ser lido por quem e por qual razão depende exclusivamente de você.

Se seus leitores aqui voltam por gostar dos escritos ou por gostar de você já não importa, pois as duas coisas são um só. Certo?

Desde que por curiosidade coloquei um contador de visitas no meu blog cretino percebi que mais pessoas passam por ele do que eu esperava (e nunca comentam!).

Não quero aqui te estimular a continuar a escrever, assim como quem dá um agrado ao cão para que se comporte da maneira certa, mas que somos lidos por conhecidos ou desconhecidos (no meu caso) isso somos e o que representa para cada um é com eles e nada podemos com isso.

Beijo.

Clarice Fonseca de Assis Rosa disse...

Faço desse comentário uma mini sessão de análise:

Desde do primeiro momento que comecei a pensar sobre o sentido da vida, percebi que a ignorância representa a chave para a "felicidade".
Como antes nao pensava, eu seguia o fluxo considerado "natural": estudar, trabalhar, casar, procriar, educar, envelhecer e morrer. E nao me questionava a respeito de nada, afinal estava seguindo a risca o que me foi "naturalmente" imposto. Eu era mais uma na grande multidão. Percebi que quando comecei a me questionar a respeito do sentindo da vida e da importancia de se viver o aqui e agora, muitas das minhas atitudes automaticamente se modificaram e a primeira grande mudança que senti foi o julgamento dos outros para comigo. Insanidade e loucura passaram a fazer parte de julgamentos comuns a minha pessoa. Eu fugi do convencional e passei a ser mal compreendida.

Eu acho que o seu texto incomoda porque a mesma pergunta que voce se faz, eu automaticamente acabo me fazendo. E tudo o que incomoda, geralmente é evitado pela maioria das pessoas. Talvez essa possa ser a razão para os poucos leitores do seu blogue. Uma outra razão para a escassez de leitores pode ser porque anda "vendendo seu peixe" no lugar errado.
Explico-me: encaro seu texto como um produto que precisa ser divulgado para ser procurado. Quais meios utiliza para divulgação? Em redes sociais o que você consiguirá atrair são pessoas que apresentam algum laço sentimental. E como o assunto que trata ainda por cima incomoda, então os laços sentimentais devem ser bem fortes para realizar qualquer tipo de comentário. Adiciono ainda os amigos da mesma área de trabalho.
Mas a pergunta que fica é: se a morte é a única certeza que se tem, por que ainda "perder" tempo procurando reconhecimento em vida? Para a grande maioria dos filósofos, cientistas e estudiosos tal reconhecimento foi póstumo. Então não tenha pressa, escreva por ser esse o único fator motivacional e não crie expectativas que será lido, expectativas geram frustações.

Anônimo disse...

Comecei a frequentar aqui apenas para tentar lhe entender, porque achava que esta era a sua razão de escrever, ser entendido. Mas só a convivência (e uma convivência intensa e rotineira) com você, pode nos levar à uma tentativa (muitas e muitas vezes frustrada)de lhe entender, então desisti, ou não. Descobri que o que realmente me motiva a vir aqui todas as terças é a vontade. Tenho vontade então venho, sem maiores explicações. Seus dizeres me fazem refletir. Muitas vezes não concordo com o que escreve, muitas vezes não entendo o mínimo, mas não me preocupo, sou sua leitora apenas porque sou uma amante doente da leitura (certo, apesar de esconder isto, rs). Te ler é uma opção que fiz, uma opção só minha, se entendo o que diz ou se me fiz entender, não sei, não quero saber. Creio que você escreve o que tem vontade, pois bem, eu também.
Finalizo com meus agradecimentos, por escrever, e com os mais sinceros elogios, não aos textos, mas à você, pelo ser animal humano que é.

Beijos e até a próxima terça.

Lívia disse...

Olha só cada comentário!
Vai ver era essa a sua intenção ao escrever esse texto, heim! Pegou todo mundo de jeito...rs

Escrever ou não é escolha sua, mas como você bem disse, não é bobo e escreve sim para ser lido e talvez não se contente com os leitores que aqui tem (não me desmerecendo e menos ainda aos outros...). Foi por isso que eu disse outro dia que meus comentários não eram válidos. Você é grande, Juliano, e mesmo que não saiba do que goste ainda, quer ser lido por pessoas diferentes, quer saber qual é a real disso aqui.
Não dá pra saber, dá pra se divertir e continuar escrevendo, e ainda ganhar de presente gente nova por aqui e comentários cada vez mais elaborados! Você causa isso nas pessoas, já não é algo bom?

beijo, até terça!

Clarice Fonseca de Assis Rosa disse...

Resolvi retornar para te responder uma pergunta que também me incomoda. O que faz com que eu venha até aqui para comentar seus textos? Tenho motivos fortes para não vir, mas mesmo assim, vim. Será a necessidade de me questionar mais a respeito do sentido da vida? Será mera curiosidade? Será auto-flagelação? Será competição? Será o desafio de testar que sou capaz de perdoar? Será a necessidade de mudar uma imagem que criei para você? Será a incapacidade de controlar uma não-vontade, já que acredito, assim como Schopenhauer que a vontade não é controlável (posso querer aquilo que quero?).
São tantos questionamentos e por trás desses, existem tantos outros mais amplos que me faço, como por exemplo estes: por que ajudo os outros mesmo considerando que me fizeram mal? vale a pena ser bom?
No fundo, acredito que a resposta para justificar o tempo que gasto lendo o que escreve e digitando esses comentários tem um pouco de cada coisa. Acima de tudo porque me sinto incomodada, o que me faz buscar o entendimento por trás de tal incomodo. Aí se concretiza um ciclo repetitivo: incomodo, levando a um questionamento provocado pelo incomodo, o que acaba gerando mais incomodo.
Cada um tem um motivo específico para vir aqui e não se preocupe em entender (apesar da pessoa que te escreves ser motivada pela busca do entendimento de tudo que a cerca, por pensar que tudo tem uma lógica e quando não a encontra, gera hipóteses para situações ilógicas).
Faça sua parte, e se orgulhe por "incomodar" e "provocar" motivos tão distintos nas pessoas.
Ao contrário das demais leitoras, nao garanto me tornar uma frequentadora assídua do seu blogue, sou refém dos meus desejos e eles mudam constantemente.
P.S: utilizei esse pseudonimo porque fui incapaz de embaralhar meu próprio nome. Creio que envergonho tais autores, pelos incontáveis erros grammaticais que passaram despercebidos no comentário anterior e que passarão também neste.

Tatiana Machado disse...

Pensei em comentar os trechos do texto que provocam o leitor (ou que me provocaram enquanto lia), seja pelo pé de couve, seja pela ironia que é não reconhecer legitimidade ao elogio vindo de pessoas do trato pessoal.
Mas não quero escrever sobre isso. Não agora pelo menos. Só queria dizer que gostei deste texto. É tocante, é dolorido e, creio eu, muito eficiente em sua comunicação, na medida em que a forma de refletir sobre o tema é uma manifestação do próprio tema, desse vazio de não ter tema, de não ter gosto pelas coisas, vazio. Dói, mas eu gostei.

P.S.: e peço desculpas por ter gostado e por não fazer aqui uma crítica contundente, uma ofensa ao autor ou algo que o fizesse "feliz".

Beijo.

Juliano Machado disse...

Avestruz, acho que concordo com quase tudo o que você disse (exceto por os mais próximos serem os que mais dão mancadas). Mas quanto ao texto, acho que os motivos são claros e porquês também. E também tive sono ao reler, mas não só aquele dito parágrafo, mas todo o texto. Só fico mais tranquilo porque adverti a todos no título que fossem fazer coisa melhor ao invés de lê-lo.

Beijo

Juliano Machado disse...

Telma, concordo contigo, e você corrobora meu argumento central do texto. Exceto que não sei quantas e quem são essas pessoas, e desconfio que elas apenas passem pelos nossos blogues e a maioria não lê não. Agora, quem volta, me deixa curioso. Aí tem algo, que eu desconfio ou intuo. E quanto a comentários, relmente, é o que mais esperamos, mas paradoxalmente o que os leitores menos gostam de fazer.
beijo

Juliano Machado disse...

Clarice Fonseca de Assis Rosa (e humilde). Não acho que meu pobre blogue dê para tanto como uma mini sessão de análise.

Eu escrevo para ser lido, vivo ou morto, mas prefiro que seja enquanto esteja vivo, mas não busco aclamação alguma. E muito menos vendo meu peixe em qualquer lugar. Uso as redes sociais porque só tenho elas pra usar.

Quanto a causar incomodo, ainda bem! Tudo o que eu quero é que meus textos causem incomodo, mal estar e sofrimento, não escrevo pra deixar ninguém feliz.

Quanto às frustrações e expectativas, só sendo muito ingênua pra achar que podemos levar a vida sem criá-las, a todo instante. É mais importante aprender a lidar com a frustração, crescendo, evoluindo, do que fugir dela.

Juliano Machado disse...

Anônimo, fico feliz que venha aqui ler e que goste do que lê. Fico triste que me dê os parabéns por quem sou e não para o texto. Quem sou, aqui nesta Bazófia, não serve de nada. Aqui só servem os textos. Mas venha pelo motivo que vier, e será sempre bem vindo.

beijo.

Juliano Machado disse...

Lívia, quero ser lido por mais e mais pessoas, sempre, claro. Mas preciso escrever melhor pra alcançar isso. Realmente fico feliz que pessoas venha aqui ler e façam comentários elaborados (ou mesmo que os não elaborem). Só desconfio dos motivos. Mas estou quase me convencendo que não importa os motivos, porque, se você tiver razão, e o texto realmente (não eu, note) causar algo nas pessoas, é que eu pretendia.

beijo

Juliano Machado disse...

Clarice Fonseca de Assis Rosa, envergonhar os escritores creio que não envergonha, porque eles estão quase todos mortos e duvido, caso não estivessem, que se pelassem por pouca monta como um bloguetinho como este os comentários que cá vão. De qualquer forma, os erros não passaram despercebidos, de maneira alguma e pode apostar que não só por mim.

Quanto ao conteúdo do que comentou, discordo, não sou aqui o que importa, mas o texto. E a síndrome de Zuckerman sempre se confirma nestes casos. De qualquer forma, venha pelos motivos que quiser vir, leia pelos motivos que quiser ler e comente se assim o desejar. Isso é bom para mim e para o blogue. Obrigado.

Juliano Machado disse...

Tatiana, no final das contas você foi a única que falou com propriedade sobre o que me interessava no texto, que é angústia dolorida de não ter o que dizer e ser lido ainda assim, causando uma qualquer dor, que é o interesse. Obrigado, era bem isso o que eu queria dizer.
beijo.