Errava desatento pelo passeio e soergui repentinamente a cabeça a ver como ia o tempo dando comigo mesmo parado em minha frente. Olhei a perscrutar-me no homem defronte a mim tal fosse um espelho, e reparei na exatidão de nossas formas idênticas quando ele metamorfoseou-se no José Saramago. Foi depois Jesus de Nazaré, Joaquim Sassa, Constante, Ricardo Reis, Blimunda, Sr. José, a Conservatória, Raimundo Silva, a mulher do médico. Num átimo, foi Tertuliano Máximo Afonso para novamente transmudar-se no José da Azinhaga que era eu próprio. Nessa miríade vi a humanidade concedendo que somos todos pedaços de uma coisa só.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 Pitacos:
Veridiana, eu não sei o que é melhor, tão pouco sei quem é T.M. Pelos vistos sei pouco, não?
Humm. Muito bonito, Juliano. Poético e filosófico. Que bom que voltou a escrever, estava com saudade de ler você. :o)
Obrigado Tatiana, vamos a ver se isto realmente é uma "volta".
Concordo com Tatiana, poético e filosófico; imagino que não à toa começa com José Saramago e termina com José de Azinhaga. E que seja sim uma volta :o)
ps: mudou! não entendi como fazer a identificação do comentário...
Marlene - não anônimo
Que seja um retorno!
Beijokas
Marlene, de poeta, filósofo e louco eu não tenho nem um pouco! Mas vamos ver se é uma volta.
Não fui eu quem optou pela mudança, aliás, nem sei bem o que aconteceu.
Telma! tomara!
beijokas
Postar um comentário