quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quanto será preciso dizê-lo?

(em virtude da inesperada repercussão desse texto, fui obrigado a colocar este breve prólogo para explicar que em literatura - não que eu ache que faço literatura - autor e personagem, autor e narrador em primeira ou terceira pessoa não se confundem. O que vai abaixo é uma ficção, uma história, uma invencionice. Sugiro a todos, depois da leitura - ou mesmo antes - que entrem no link acima onde explico mais pormenorizadamente o que é a síndrome de Zuckerman que leva o leitor a confundir no texto personagens e narrador com o autor. Vou deixar o link aqui também:  http://julianomachadobazofia.blogspot.com/2007/12/sndrome-de-zuckerman-um-mal-que-ataca.html









Voltei a pé. Havia apenas uma poalha que, ao contrário de incomodar, me ensinava a colocar as mãos para dentro dos bolsos da calça e encolher o corpo, como se sentisse frio, mas não sentia, não ali. O frio, o vento e a chuva estão sempre cá dentro em algum lugar que eu não consigo identificar (mas porque tenho córtex pré-frontal, não sou tão ingênuo, e o romantismo soaria tolo neste momento, então sei que é na cabeça). O enterro foi sereno, triste como todo enterro, banal como todo enterro. Uma pessoa querida, pai de um bom amigo, a família, consternada, chorou muito. A morte não me abate. Mas a vida (não nessas ocasiões, mas em todas as outras) sim.  Considerei digno da parte de deus deixar o dia nublado, um vento frio (eu não sinto frio, mas estava um fiozinho aconchegante) e a garoa tão fina que parecia que alguém tentava chorar, mas sequer podia fazê-lo. A morte sempre será um problema dos vivos, os mortos não têm problemas.

A minha perda foi anterior e a evidência da perda há dois atrás. Mas eu sabia que perderia. Neste caos que se tornou a minha vida, tenho a obrigação de saber, de antemão e com consciência resignada de que serei derrotado. A minha metáfora falsamente kafkiana (eu sou uma fraude) é a da corda-bamba.  A Marlene gosta da expressão "fio da navalha". Eu acho que cair, como sem dúvida cairei (e já caí muitas vezes, o sofrimento quando é novo, é até divertido, e o itabirano maior me contou, ainda eu menino, que isso o divertia no espírito) é pior do que se cortar. A dor não me assusta, me assusta ter de levantar dolorido e meter-me a tentar me suster aqui no alto, com o baraço a se mexer ininterruptamente (um Prometeu frangote).  A absoluta consciência da derrota e da perda não fazem delas menores, nem menos humilhantes, antes demarcam com violência o estado de vazio, a abstenção do olhar.

Pouco percebi do caminho. As inclinações e sujidades do passeio, as pessoas no sentido contrário (estou sempre na contra-mão, ainda que ande pela mão dupla), os cães existindo, o barulho dinâmico da cidade não me tocou. Só sei que eles passaram por mim (ou antes eu passei por eles – a diferença é enorme) porque não é a primeira vez que desço à vila nestas condições e já houve melhores momentos em que me permiti ver, reparar, sentir o que estava em volta. Como o remédio de dormir que já não faz mais efeito, talvez o meu olhar esteja se tornando gris, e o baixo-relevo aqui é imagem para o rés-do-chão (não sento no meio fio porque não me apetece, não que tenha horário ou compromisso a esperar), mas hoje prefiro o silêncio. Cheguei em casa, e fui ler o que havia escrito, o emeio em que contei quem eu sou, de fato, sem piedade e sem dar margem a qualquer confusão, ainda que você goste de mim.

Admitir para si mesmo o fracasso pode ser, em algumas situações, o passo para transpô-lo, para reiniciar, para intentar um novo projeto. Li isso em algum livro de auto-ajuda. Porque é tudo besteira. O caos que a vida é não está interessado em boas intenções e se isso não fosse o bastante, a culpa é minha, toda minha. Tive os meios de não me tornar no que me tornei e perdi as oportunidades uma a uma como quem se serve de um doce pensando que ele nunca vai terminar. A verdade é que minha história é, como lhe contei, uma sucessão de erros e más escolhas, a sempre presente mania de comparecer aos meus próprios desencontros, de modo que fui obrigado a dizer-lhe que não existem desculpas nem perdão, muito menos qualquer esperança para mim.

Eu sei que deveria ter-lhe dito o que escrevi em sua frente, olhando nos seus olhos. Não creio que isso fosse impedi-la de ir embora, como de fato não impediu, mas ao menos eu teria sido honrado o suficiente mostrando o exaspero pelo que eu sou é sincero. E por isso você está freqüentemente em outra cidade (não importam as distâncias – a distância é sempre apenas uma). Eu jamais poderei ir ao seu encontro, a não ser eventualmente e isso, por si só, me humilha como se eu fosse um bicho sujo que rasteja, e lento, só pode andar poucos metros por dia. Não é bem uma metáfora, é uma impossibilidade logística e como toda coisa ridícula da qual tenho medo e vergonha, apenas uma repetição. Dizer, à la Caio Fernando Abreu, que cheguei ao meu limite, que não sinto gozo ou tormento, que os olhos não vêem é de uma covardia que nem eu vou alcançar desta vez.

Eu fico parado em frente ao ecrã do computador. Giro uma página, giro outra, leio um blogue de que gosto, passeio pela rede social. Tomo um livro, leio-lhe vinte páginas, torno ao jornal e vou finalmente varrer o quintal. Aquela poalha da manhã transformou-se numa enorme bátega, com ventos cortantes que desfolharam a árvore das traseiras da casa. Tudo isso enquanto lia aqui, e aqui escrevia este texto que pretendo publicar em meu blogue. Há na tarefa que farei daqui a instantes algo muito peculiar que é transformar a tristeza latente em resignada. Como? Geometria. Acomodarei os montículos de folhas separados em formas geométricas nos grandes quadrados de concreto que estão para além dos assimétricos e não-lineares tijolinhos que formam a cerca que delimita o jardim.  Posso tentar, se quiser, antes de meter para o saco de lixo as folhas que "irremediavelmente sobejam no quintal" espalhar num dos quadrantes e procurar, quem sabe? algum padrão fractal estatístico. É faina que ocupa a cabeça não ao ponto de esquecer todo este desencontro em que nos metemos, mas para... eu já expliquei (preciso me lembrar de que já te disse o que tinha de dizer pela internete – ao invés de ao vivo – e que este texto é para os pobres leitores do meu blogue, e não para você. É, eu tenho um blogue, um blogue que você lê. E tenho pouca coisa além disso.

Há uma saída que implique em, além de aceitar que não possuo meios materiais de acompanhá-la, dê conta de que é pouco provável que uma personalidade melancólica de crisalha venha a cantar como um japiim? Posso considerar que tirar a barba, cortar o cabelo, arrumar um emprego de entregador e pedir que diga à sua família que eu vou daqui para adiante crescer como nunca antes se viu mudar o fato de que, a despeito de tudo isso (que não é verdade, nós todos sabemos) ainda continuarei a ser descrente, desinteressado e sem compreensão do sentido geral das coisas? Penso num grande feito: ficar muito rico, escrever um livro, salvar uma criança num prédio em chamas, descobrir um esquema de corrupção na merenda escolar, a resolução de um teorema matemático daqueles que valem milhões (novamente ganhar dinheiro), e tudo isso me soa vazio como, ao voltar da varreção do quintal, ir ler Hamlet ou Fernando Pessoa ou até mesmo Freud. Sabe por quê? Porque a permanência não está em parte alguma (e como sou desprezível mas não mentiroso, cito que esta frase essencial é de Rilke e não minha). É por isso que não peço mais para ficar e espero que você vá, ou melhor, que continue. E peço aos leitores deste blogue que me perdoem o estilo confessional de um texto que não sabe o que é, e que procurem outro blogue para ler, este vai acabar pois já acabou faz muito tempo.

18 Pitacos:

Tamires disse...

deus em caixa baixa e varrer o quintal são parte da vida.

Anônimo disse...

Já que me pediu para ler seu blog e comentar (não que eu não tenha feito isto antes), estou aqui para ler e comentar. Não irei sair do anonimato, não importa para o resto das pessoas saber quem sou, sei que você saberá quem é a autora deste comentário(se não souber, azar o seu), rs.
Engraçado dizer em "varrer o quintal", fiz isso hoje, literalmente, e adivinha em quem estava pensando enquanto via as folhas e galhos secos no chão?! hahaha Você me fez chorar da maneira mais sincera e simples que um choro pode ser, li três vezes esta sua publicação e nas três deixei sair de mim um sentimento (enquanto escrevo este comentário, há momentos em que me emociono novamente). Aliás, emocionar é um verbo que não se encaixa para mim, assim como o verbo amar; tento todos os dias inventar novas palavras que substituam estas, tanto em sílabas e tons, como em significados. Mas minhas pretensões não importam, voltarei ao meu comentário. Ao se referir à uma mulher em seu texto, confesso que me perguntei se seria eu, logo ao "meio-final" percebi que não, e ao final fiquei em dúvida. Talvez seja esta sua intenção, confundir seus leitores, mas, suas intenções pouco me interessam (talvez me interessem muito).
Gosto de você de um jeito em que prefiro não gostar. Já lhe disse minhas vontades, mas elas são indecisas, mudam a todo momento, há apenas uma que não muda, apenas uma. (Voltarei ao meu comentário, não interessa a ninguém saber de minhas vontades, afinal estamos em seu blog, falaremos sobre você e suas autorias, rs.)
Hoje também recebi a notícia de um falecimento, a pessoa eu não conhecia, se conhecia era de vista, mas diante das circunstâncias da morte me peguei pensativa sobre o assunto viver. Morrer não me assusta, não me intriga e não me preocupa, já o viver... penso a todo momento se estou vivendo da maneira certa, mas como sou do contra, penso se estou vivendo ao contrário do que seria convencional. E por final penso se ficará tudo ok se estiver contrariando todo um pensamento. Se este raciocínio tem algum sentido, não faço a menor idéia, não irei reler nada antes de publicar, peço desculpas desde já.
Partindo para outro assunto, talvez eu tenha como te ajudar a descobrir um esquema de fraude na merenda escolar. Como diz o grande Fábio Oliva (um puta caça corruptos, em minha humilde opinião): "Se quer achar alguma fraude, desvio de verba e/ou corrupção em seu município, comece analisando a merenda escolar. Ali é o primeiro lugar onde haverá desvio de dinheiro.", minha cidade está fazendo um monitoramento exatamente sobre isto, se quiser mais informações, estarei aqui, rs. Mas deixando a política, meu assunto preferido, de lado, quero lhe dizer que ando escrevendo e dizendo muitas coisas, culpa sua, meu muito obrigada.
Tentei, inutilmente, por muito tempo buscar lhe entender, mas quando descobri que nem em relação à mim sou capaz disto, resolvi desistir e lhe aceitar da maneira que é. Errado, sujo, canalha, mentiroso, triste, melancólico, bêbado, vagabundo, chato e teimoso, etc etc etc, você é tudo isso e bem mais, e é tão mais que me encanta. É sincero, consegue mentir com sinceridade. Evito cada dia me apaixonar por você, pois não quero e não vejo nenhuma graça nisso. Não tento te odiar, pois não quero e não vejo nenhum sentido nisso. Em relação à você sou neutra, assim como para a maioria das coisas. Não neutra vai, talvez seja um pouco ácida, rs, ou talvez eu prefira lhe dizer pessoalmente (coisa que demorei muito tempo para querer fazer).
Creio que todo esse lenga lenga acabou se tornando uma desculpa para lhe dizer algumas coisas, e quer saber? Foda-se.
Da próxima vez tento fazer um comentário melhor, isso se houver uma próxima vez.

Beijos querido.

P.S.: Não quero saber o que achou deste comentário, portanto não venha falar sobre ele comigo, espere um dia em que eu esteja muito bêbada e toque no assunto.
Ahhh, hoje quem me tirou o sono não foi Montaigne, foi você, te odeio meu bem. hahaha

Anônimo disse...

Digno de vc!

Juliano Machado disse...

Tamires, varrer o quintal é uma das melhores terapias que existem, pena que eu raramente o faço. E quanto a deus em caixa baixa, é até mais do que ele merece.

Juliano Machado disse...

Anônimo1: Você caiu no que chamamos no meio literário de síndrome de Zuckmerman. Que é quando o leitor crê que o está escrito no texto (romance, conto, novela, crônica) se refere ao autor e não à personagem. Isso é mais comum quando o texto é escrito em primeira pessoa. Recomendo que leia um poste neste mesmo blogue chamado "A Síndrome de Zuckerman" onde explico melhor esse mecanismo. Adivirto-lhe, entretanto, que este texto não foi escrito pra você, nem pra ninguém, já que ele é apenas uma ficção. Em tempo: não sei quem é você.

Juliano Machado

Juliano Machado disse...

Anônimo2: se quer dizer que o texto é digno dos meus escritos, fico entre duas posições. É digno do que escrevo porque ficou bom e o que eu escrevo é bom ou é digno porque ficou ruim e o que eu escrevo normalmente é ruim (acredito mais nessa segunda hipotese). Se achou digno da minha pessoa, serve para você o comentário do Anônimo1, você está sofrendo também da síndrome de Zuckerman.

Juliano Machado.

Virgínia disse...

Queridas amigas fãs deste moço lindo, escritor, inteligente, jogador de xadrez e triathleta: eu tb estou na fila das que querem q ele d 1 chance pra gente. Só q eu acho q desse jeito não vai dar certo pq acho q ele quer mais q falem do q ele escreve aqui no blogue. Vamos usar o form e o face pra falar com ele, pelo menos eu vou fazer isso! #ficaadica.

Juliano Machado disse...

Virgínia (anônima): agradeço pelos elogios embora discorde de todos eles. Mas agradeço a iniciativa, realmente acredito que este blogue serve para falar do que está escrito nele, sobre literatura, sobre os textos. Eu sou uma pessoa, os escritos são outras coisas. É esse o espírito da coisa.

Juliano Machado

Lívia disse...

"Mas fugir do que não está perto é uma angústia tão imaterial que se torna em angústia da angústia, numa figura de sentimento, metáfora ou comparação que não sei inventar para lhe explicar."

http://julianomachadobazofia.blogspot.com/2008/07/carta.html

Como não lembrar de um texto que, como esse, tem destinatário? Aquele é datado, ainda nem aconteceu. 5 de setembro de 2011.

Que tal dar mais corda pra essas cartas até setembro chegar? O outro texto, primeiro, é lindo, tocante, faz chover. Esse é puro silêncio, ao ler, não ouvi sequer o barulho dos pingos. Vai ver é preciso tempo para a fuga, para o confessional da personagem, até que se chegue ao ponto fulcral: a decisão da 'carta'.

Não tenho muito a dizer sobre esse texto aqui, apenas que é muito bonito e quieto, resignado. Bom tom, como sempre.

Deixo então a sugestão: escreva mais diálogos com a Carta, arrisque mais e faça disso uma novela...rs Pra mim o link já existe.

Vale também como provocação pra quem não entende a morte do autor, pra ir treinando e aprender a sobreviver à literatura. Conte um fato e ele já se foi, o desligamento acontece. O escritor imita um gesto, uma ação anterior, mas nunca originais. O que se lê é, sim, 'do' leitor, mas não 'para' o leitor... discussão sem fim.

Juliano, escreva! Aceita a minha sugestão, vai...

ei, e capriche mais : acho que faltou fechar um parêntese e li "um criança".

Até quinta!

Beijo.

Unknown disse...

Ju, gostei muito! Assim como a leitora acima, para mim o link entre a a carta e esse existe (independente de ser ficção ou invencionice rs).
beijos

Nanci disse...

Nem sempre deixo meu comentário sobre seus textos e confesso que isso me faz sentir como uma invasora sorrateira de blogue...rs

Entretanto, hoje especialmente, sinto a necessidade de dar meu pitaco sobre essa inserção de um prólogo explicativo acerca da Síndrome de Zuckerman. Penso que fazendo dessa forma, você se colocou numa posição defensiva, como que justificando-se por tantas coincidências entre a personagem e a sua vida real. Quem o conhece, Juliano, saberá onde termina o homem e começa o escritor. Dessa vez você exagerou na dose e lançar mão desse subterfúgio me pareceu conveniente.

Por outro lado, quem só conhece o Juliano escritor, certamente deparou-se com um texto primoroso, denso, emocionante mesmo, daqueles que nos deixam com um nó na garganta.Para esses leitores, tanto faz serem ou não vítimas da Sindrome de Zuckerman. Acho até que não há mal algum nisso. O que vale é o deleite que a leitura proporciona.

Isso posto, não censure a anônima nº 1 (nem tão anônima assim, na verdade), pois um texto tão perturbador a ponto de promover uma insônia é, no mínimo, um elogio.

Beijo.

Anônimo disse...

Até concordo com a leitora acima, que escreve bem e muito...

Mas não acho que tenha sido o texto que tirou o sono da anônima 1, viu.

E não precisava mesmo de prólogo, ficou com cara de justificativa.

Para todas as sofredoras/leitoras, uma sugestão pra não confundir tanto autor é texto é ler outras coisas, outros autores, dialogar. Essa geração de hoje...é fácil postar no facebook que está virando a madrugada lendo um clássico, mas cá entre nós, que está mergulhado mesmo num clássico lá quer saber de largar o livro e postar isso? Quem lê mesmo tem mais a dizer.

Vamos dar mais atenção ao que se escreve e menos ao que se quer que seja escrito aqui, gente! Somos adultos.

Espero os próximos textos, ansiosamente.

Anônimo disse...

Juliano (autor), acompanho semanalmente esta Bazófia, embora, na maioria das vezes, prefiro apreciá-la também no silêncio. Gosto da forma como escreve, mas é fato que nem sempre gosto dos textos que posta aqui.
Este último, li como quem se serve de um doce sabendo que ele vai acabar e, portanto, me deliciei ao máximo que pude.
Contudo, devo admitir que concordo veemente com o pitaco da Nanci, pois o prólogo a mim também soou como: colocar-se em uma posição defensiva diante tantas coincidências ( acrescento: de várias possíveis situações paralelas) para não comprometer-se.
Concordo também que os limites entre homem/escritor, real/ficção são evidentes para aqueles que o conhecem. Para os outros leitores, que diferença faria se à você, enquanto escritor, basta que leiam e apreciem seus textos?
até quinta.

Anônimo disse...

A morte sempre será um problema dos vivos, os mortos não têm problemas...

Tatiana Machado disse...

Eu gosto do texto, é tocante, é dolorido e surpreende com esse vai e vem da narrativa (não sei bem como me referir ao fato de ele começar de um jeito, virar uma carta a alguém e depois publicação em um blogue). Gostei bastante e concordo com a Lívia (aliás, os comentários dela têm sido muito interessantes), valeria a penas investir nesse tipo de narrativa, através de cartas.
E gostei também que você tenha voltado a responder aos comentários feitos aqui, estava sentindo falta disso.

Dura na queda disse...

Quinta-feira não foi ontem? Gostaria de ler novas postagens.

Lívia disse...

por favor,juliano. apague os meus comentários do seu blog, se não for muito difícil. não quero o meu nome aqui.

obrigada.

beijo, boa sorte.

Na janela disse...

Ju, não sei contar em meses, mas fiquei por longo período - este ano, inclusive - atualizando a página na esperança de que voltasse a encontrar textos teus por aqui. Talvez se eu tivesse Facebook já o soubesse, mas da rede social, só estou mesmo com o Flickr. Só esta semana ou soube, pela Tatiana, que a Bazófia estava ativa novamente. Hoje dediquei-me a ler-te. Comecei pela ordem de pubicações para tentar acompanhar e ficar atualizada sobre o desenvolver de sua produção aqui.

Os textos? todos tocantes, difíceis, para mim, de comentar. Em um deles (On line), sobre a angústia do que escrever, e o apelo ao diálogo com o leitor, pensei no "fio da navalha". Imediatamente veio-me também uma frase do próprio Somerset Maugham: "Se as pessoas só falassem quando tivessem algo a dizer, os seres humanos perderiam rapidamente o uso da linguagem." Acrescenta-se a isto a extrema auto-crítica e ficarás calado, e nós perderemos a possibiidade de continuar a compartihar contigo. E sei também que, por vezes, por falar demais, acabo por falar bobagens.

Então, para não cair em comentários superficiais e análises rasteiras, eu quero endossar as palavras da Livia (" Deixo então a sugestão: escreva mais diálogos com a Carta, arrisque mais e faça disso uma novela...rs Pra mim o link já existe."), já que tive a mesma percepção dela.

Beijo