Errava desatento pelo passeio e soergui repentinamente a cabeça a ver como ia o tempo dando comigo mesmo parado em minha frente. Olhei a perscrutar-me no homem defronte a mim tal fosse um espelho, e reparei na exatidão de nossas formas idênticas quando ele metamorfoseou-se no José Saramago. Foi depois Jesus de Nazaré, Joaquim Sassa, Constante, Ricardo Reis, Blimunda, Sr. José, a Conservatória, Raimundo Silva, a mulher do médico. Num átimo, foi Tertuliano Máximo Afonso para novamente transmudar-se no José da Azinhaga que era eu próprio. Nessa miríade vi a humanidade concedendo que somos todos pedaços de uma coisa só.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
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